E desconsolada que estava, resolvi colocar nos dedos todos meus amigos. Nunca tinha parado para fazer isso, e, na verdade, não os coloquei nos dedos. Não contei. Só deixei o rosto de cada um invadir minha cabeça. Em fato, não sabia de onde saiu o tal desconsolo. Não entendi a tristeza. Nem era de todo ruim. Só acordei pensando nela. E então veio você. Que está tão longe, já há tanto tempo. A companhia plena de graças, de brigas, de discussões, de diagnóstico e de muitos cafés. A companhia de vida, de cachorros, de ombros e desabafos. De análise, de abraços, de cachos, de livros. Inglês, Lords, Francês, Garcia Marquez, estímulos, planos. Muitos planos. Você que está tão longe, você que partiu há algum tempo, e com quem não falo já há muito. Quem eu tenho deixado passar, mas não quero. Gostaria de dizer que a saudade, hoje, doeu. Dor feliz de você estar. Hoje eu queria notícias. Um livro para ler. Uma opinião, uma sugestão, uma mão para abraçar. Um cappuccino e nada para fazer. Hoje eu queria My fair lady e Freud. Te queria aqui comigo, com esse sorriso que me dá paz. O que me leva a esconder meus sentimentos o tempo todo, me faz hoje dizer o quanto amo você. Amigo, irmão, paizão. Obrigada pela paz da alma que me dá. A saudade vem a ficar. Sinta-se abraçado, de bengala, com lareira, comida boa e vinil.
*Dedicado ao meu melhor amigo alemão, de quem eu sinto tanta falta. Volta logo!*
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